sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

LINHAS

O tempo passa e lá são vão palavras soltas

tapeiam a história fingindo-se donas
escondem seus erros
como senhorinhas frágeis
atadas às surpresas após as curvas.


Cada passo motiva a trama
revela planos impulsiona
sou eu que escrevo o drama
mas é ele que me engana.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

SIMPLES CANÇÃO

Quais os sinais eu posso acreditar

quando ainda sonho com você
apesar de tentar tanto esquecer
e ofuscar esse amor com mil coisas a fazer


essa canção é muito simples
não pretende ser maior
fala de alguém já se foi
viajando para longe
mas por dentro não consegue se afastar


O que se faz quando se ama
e não se pode aproximar


nem o tempo é perfeito
quando trabalha para o acaso nos juntar

chorar não é nenhum apego
é a lembrança que se vai
se despedindo lentamente
cada imagem é a saudade
que o presente luta para se livrar

o que se faz ao acordar
quando no sonho tudo é bom
integrados em assuntos como amigos ou amantes
abrir os olhos é tirar a dúvida com a ilusão

O que se faz para esquecer
quando a memória quer ficar

é tentar seguir em frente
subindo e descendo para quem sabe um dia a história se fechar

.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

SEM MAIS

Não queria, mas é assim, necessário.

Porque às vezes é preciso parar,
Senão ficam apenas fantasias
Com doses de dores em frascos de ilusão.


Se tivesse o mínimo, talvez faria o contrário
Mas nem o mínimo me é concedido
Negocio meu destino para não me perder
Em falsos encantos, certeiras ciladas


Faço uma balburdia em copo d'água
Me surpreendo com minhas próprias profundidades
Não consigo lhe dar com o “não”
Mas o aceito sem contestar


Envergonhado fico com esse sofrimento
Como se ele não me fosse de direito
A fraqueza é involuntária
E o desejo uma obsessão

Só me resta seguir numa única direção
Ela me guiará para o lado oposto
O outro lado
O lado de lá

E, lamentando, um dia esquecerei
Talvez duvidando do próprio esquecimento
Ou injuriando-o com manhas infantis
De quem não obteve o que gostaria

Mas o que consola é que nem sempre a malcriação faz sentido

E muitas vezes a manha não tem razão
Então vou, lançando-me em mistérios
Quem sabe, sem mais, consigo
Ir sem olhar pra trás