domingo, 16 de março de 2014

Pós um domingo

Porque não sabemos o que nos espera, mas sabemos de tudo, no fundo, de tudo, sabemos.  Somos líquidos e profanos. Desafiamos o que pode acontecer sem poder acontecer, para assim, vivos, vivermos. Ateus ou não, estamos salvos, às vezes de nós mesmo, da expectativa infame, a histeria disfarçada de excitação, que nos engana, dança e brinca na rua, nos faz de peão e, girando, vemos o todo e puft! O chão! 

Mas o chão que em vez da dor, acolhe, te coloca frente a frente com o que já era, já era. E no final, esse final que não existe antes da morte, rimos. Rimos da graça, do que já era entendido sem querer ser de fato ser. 

 E mesmo o filósofo mais filósofo, mais cético, mais filósofo, sabe que sim. Então, tudo bem. Que saibamos evoluir (que arrogância esse início de frase) a cada vez que. A cada vez quê? Melhor é rir dos tolos, dos idiotas ou frágeis, idiota ou simplesmente frágeis, carentes, enrolados, enfim... rir, apesar de infinitas coisas que um idiota ou frágil possa ser. E todos já tivemos momentos de idiotas e frágeis, então, tudo bem. Tudo bem mesmo. Voltemos pra casinha, pro cobertor de lã, que ali todo mundo é rei e não há como se ferir. Depois, saímos de novo para o que pensamos saber, mas tudo será diferente. 

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