quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um dia estranho



Copacabana, todo dia, dia a dia é sempre igual:  

Obras, carros, apitos, sinais, alarmes, tiros, confusão

É ela, espremida, invadida, poluída, populada

Que se não fosse a praia, a orla, a brisa desviada

Entre prédios acimentados, empilhados lado a lado, colados sem permissão

Já estaria saturada, morta, apodrecida, ferida sem saída.


De repente, um silêncio degradante, ao longe o rádio do vizinho, ou da vila lá de trás.

Vez em quando um latido, alguns pequenos barulhinhos,

Poucos carros, pessoa lentas na calçadas, até o som de passarinhos

Assim, quase triste, sem sentido, um dia estranho e perturbador,

Um mercado aberto lotado, um jornaleiro fechado, sinais parados.


Então entendi. Era um feriado.






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