Copacabana, todo dia, dia a dia é sempre igual:
Obras, carros, apitos,
sinais, alarmes, tiros, confusão
É ela, espremida,
invadida, poluída, populada
Que se não fosse a
praia, a orla, a brisa desviada
Entre prédios
acimentados, empilhados lado a lado, colados sem permissão
Já estaria saturada,
morta, apodrecida, ferida sem saída.
De repente, um silêncio degradante, ao longe o rádio do vizinho, ou da vila lá de trás.
Vez em quando um
latido, alguns pequenos barulhinhos,
Poucos carros, pessoa
lentas na calçadas, até o som de passarinhos
Assim, quase
triste, sem sentido, um dia estranho e perturbador,
Um mercado aberto
lotado, um jornaleiro fechado, sinais parados.
Então entendi. Era um feriado.
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