quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
amar, um verbo que vai
Mas somos amigos, é óbvio.
O que chamas de deslize, chamo de amor experimentado em
outros territórios
Nossa amizade é um grande oceano onde sempre me joguei em
qualquer parte sem medo dos tubarões.
Agora conheço seu toque, e conheces o meu
E a textura real de sua pele, muito além de beijinhos e
abraços de despedidas
E conheces a minha
Sabemos: foi natural e bom
Um presente, naquele nosso presente, onde compartilhamos sonhos
E um prazer imenso de ficar juntos
E conheces a minha
Sabemos: foi natural e bom
Um presente, naquele nosso presente, onde compartilhamos sonhos
E um prazer imenso de ficar juntos
E essa vai ser uma das primeiras poesias que não te
mostrarei, diferente das tantas outras em que você sempre foi a primeira cobaia de minhas palavras
Se um dia descobri-la
Talvez já estaremos em outros campos
Pois que agora escrevo-a em meio ao mar revolto
E, entre as ondas, tentando me salvar
Em busca de uma areia que me acolha
E de um sol que acarinhe meu corpo, como quem diz “tá tudo
bem”.
E não a toa, o tempo lá fora chora. Faz aumentar minha
melancolia
E eu entendi que te amo mais que nunca
Esse medo inesperado de me jogar em nossas águas tão límpidas,
Me faz tremer. Mas sei que passa.
Como disse: Tudo é uma grande poesia etérea,
descarnada. O mais belo oceano, o único que existe.
Sei me adaptar ao seu bel prazer, para não te perder,
nos perder. Teus
olhos são preciosos para mim.
Te quero além dos conceitos sociais
És homem, sou mulher
E somos amantes.
Sendo amar, ir além.
Além de mim.
Além de nós.
Além.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
Rocha de Areia
Eu vi!
As mãos se uniram.
Perdi a fala.
Desesperadamente
Olhei pela janela
Respirei para.
Dentro, sou água
na rocha de areia
Desmontei
Transferi
Tento olhar pra frente
Aonde moram as respostas?
No tempo certo
As mãos se uniram.
Perdi a fala.
Desesperadamente
Olhei pela janela
Respirei para.
Dentro, sou água
na rocha de areia
Desmontei
Transferi
Tento olhar pra frente
Aonde moram as respostas?
No tempo certo
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
Como eu poderia te dizer isso?
Era para estar agora fazendo um texto genial que pudesse mudar o mundo
Para um trabalho revolucionário
E pagar mais um mês de aluguel
Aí ouvi uma certa canção, que você me mandou sem eu saber.
Que eu acredito que é pra mim
E essa crença faz tudo ser real
E verdade
Que dizia o quanto eu gostaria de te dizer
que ainda penso em você
que ainda rezo por você
E todo instante parou
Porque pensei em você
entre todos os amores, pensei em você
Quando você me dizia em silencio pra eu te acarinhar
E te levar para o meio da natureza
Pra você tomar banho de rio
Pra gente se olhar sorrindo
E nos agradecer com todo cuidado
Longe dos espinhos do mundo
E as dores do coração
E eu queria salvar você e proteger você
Destas dores do coração.
Eu queria salvar para voar com você.
E eu pensei que a gente se encontraria
Em cima do fio entre duas montanhas
Como dois equilibristas no meio do abismo
No meio do caminho, em cima do fio.
E nessa tarde ouvi a antiga canção
Numa voz rouca
De entrar pela pele
Que me fez reviver um lugar muito nosso
e suspender o tempo
Recriar aquelas canções que criamos juntos
Agora guardadas em uma esquina
Entre os sonhos secretos de um casal
que um dia soltou as mãos
Mas nunca parou de se amar
Sendo amar um ato de querer bem.
Etenarmente bem.
Para um trabalho revolucionário
E pagar mais um mês de aluguel
Aí ouvi uma certa canção, que você me mandou sem eu saber.
Que eu acredito que é pra mim
E essa crença faz tudo ser real
E verdade
Que dizia o quanto eu gostaria de te dizer
que ainda penso em você
que ainda rezo por você
E todo instante parou
Porque pensei em você
entre todos os amores, pensei em você
Quando você me dizia em silencio pra eu te acarinhar
E te levar para o meio da natureza
Pra você tomar banho de rio
Pra gente se olhar sorrindo
E nos agradecer com todo cuidado
Longe dos espinhos do mundo
E as dores do coração
E eu queria salvar você e proteger você
Destas dores do coração.
Eu queria salvar para voar com você.
E eu pensei que a gente se encontraria
Em cima do fio entre duas montanhas
Como dois equilibristas no meio do abismo
No meio do caminho, em cima do fio.
E nessa tarde ouvi a antiga canção
Numa voz rouca
De entrar pela pele
Que me fez reviver um lugar muito nosso
e suspender o tempo
Recriar aquelas canções que criamos juntos
Agora guardadas em uma esquina
Entre os sonhos secretos de um casal
que um dia soltou as mãos
Mas nunca parou de se amar
Sendo amar um ato de querer bem.
Etenarmente bem.
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Se Eu Fosse Lupicínio
Você correu de novo
Pra minha direção
E quando menos percebi voltei a te olhar
Virei a Ama do Abraço
Te acolhi e recolhi dentro de mim
Meus segredos para te contar
Dessa vez tinha motivos
Minha certeza não iria me enganar
Se tem uma coisa que entendi
É que eu não tenho medo de me arriscar
E de repente
A certeza virou areia no deserto, ventania
Me perguntei
Se foi sonho, miragem, fantasia
Ou só uma onda do mar
Sumiste novamente
Justamente
Quando as almas estavam mais presentes
E eu queria me entregar
Mas se eu pudesse penetrar em sua mente
Talvez desse meia volta ao entrar
Já vivi algumas coisas e agora posso até ensinar
Não estranhe se ao seguir em frente, nunca mais me encontrar
Nada é mais triste que uma despedida
Onde o silêncio diz tudo por medo de falar
sábado, 3 de outubro de 2015
Ele explicou tudo porque nasceu com a culpa maior que os olhos
Depois se arrependeu
Mas já tinha mandando a carta
Ser ele mesmo é aprender a não se justificar
O que o consolou foi a noite
Quando acordou sentiu uma leveza no errar
Ser ele mesmo é se explicar para cuidar
Pensou que quando o "se"voltar bravejante
Ele já estaria distante
Depois se arrependeu
Mas já tinha mandando a carta
Ser ele mesmo é aprender a não se justificar
O que o consolou foi a noite
Quando acordou sentiu uma leveza no errar
Ser ele mesmo é se explicar para cuidar
Pensou que quando o "se"voltar bravejante
Ele já estaria distante
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Falta-me despir as palavras e entrega-las a ti numa caixinha de jóias
Só assim meu coração baterá em paz.
O que você fará com a caixa, não precioso saber
Saindo de minhas mãos, já não enganarei meu próprio espelho
Viver é andar nas ruas tentando encontrar a sorte
E o tempo é aquele que te espera na esquina cheio de enigmas
Me aceitar é entender que não preciso do sol dos outros para crescer
E enlaçar a sorte da minha janela é o verdadeiro ato de coragem
As respostas sobrevoam nossas bicicletas
Só pousam em nossas mãos quando paramos em frente ao mar interior
Pra respirar sem maiores intenções
Só assim meu coração baterá em paz.
O que você fará com a caixa, não precioso saber
Saindo de minhas mãos, já não enganarei meu próprio espelho
Viver é andar nas ruas tentando encontrar a sorte
E o tempo é aquele que te espera na esquina cheio de enigmas
Me aceitar é entender que não preciso do sol dos outros para crescer
E enlaçar a sorte da minha janela é o verdadeiro ato de coragem
As respostas sobrevoam nossas bicicletas
Só pousam em nossas mãos quando paramos em frente ao mar interior
Pra respirar sem maiores intenções
domingo, 13 de setembro de 2015
POESIAS E PAISAGENS
Precisei afundar os pés na areia,
Pelas coisas muito e profundas, fui olhar o cinza atrás do
mar
Nesses dias frios, só o céu confortaria meus pensamentos
O apartamento se torna pequeno, quando a ânsia transborda as
janelas
E as portas de dentro escancaram
Só preciso correr um
pouco e deixar a água bater
Para me sentir verdadeiramente viva
E ouvir as ondas dizerem
Que tudo passa, ou que tudo se move, ou que tudo vai e volta
E me surpreender com a pássaro altivo, olhando além.
O que pensa este pássaro?
O que sente?
Ele se torna o oráculo de respostas sem perguntas
Conta-me que se eu não sair de ti.
Vou pirar em mim
Então vou atrás de histórias
De poesias e paisagens
Para o eterno sonho
não cessar
E meus pés continuarem pisando na areia
Toda vez que eu agradecer ou chorar.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Nascer
Prefiro morrer de tanto pecar
Que pecar por não saber morrer
"Nascer é abrir-se em feridas"
Meus olhos vão sempre chover
Enquanto eu puder sorrir
Que pecar por não saber morrer
"Nascer é abrir-se em feridas"
Meus olhos vão sempre chover
Enquanto eu puder sorrir
sábado, 15 de agosto de 2015
BRASILEIRA
Eu quero é mesmo
Me jogar nessa terra
Não quero ir pra fora
Que é dentro que vou descobrir
O quanto sou caipira, caipora, judia filha de orixá
O quanto essa causa me devora
Do norte ao sul, me arrebento, me arrebato
Com olhar do barbeiro numa sexta feira
No meio de Pelô de Salvador
Cantando sertanejo e sorrindo pra quem passar
Não quero ir pra fora
Que é dentro que vou descobrir
O quanto sou caipira, caipora, judia filha de orixá
O quanto essa causa me devora
Do norte ao sul, me arrebento, me arrebato
Com olhar do barbeiro numa sexta feira
No meio de Pelô de Salvador
Cantando sertanejo e sorrindo pra quem passar
Eu quero é correr pro interior
Ser poeta e rimar
Como Patativa me falou
Que se a gente tem a seca
Tem também a bacia hidrográfica
E se tá ruim pra ti, cante aí
Que eu canto cá.
Ser poeta e rimar
Como Patativa me falou
Que se a gente tem a seca
Tem também a bacia hidrográfica
E se tá ruim pra ti, cante aí
Que eu canto cá.
Eu quero é namorar os Vadinhos de Amado
E descobrir as Baleias de Graciliano
Ser Tom Zé de Irará
Correr pelos sertões de Guimarães
Me jogar no mar de Dorival
Transgredir com Almir Sater no carnaval
E descobrir as Baleias de Graciliano
Ser Tom Zé de Irará
Correr pelos sertões de Guimarães
Me jogar no mar de Dorival
Transgredir com Almir Sater no carnaval
Se nasci aqui, vou ficar
Te conhecer por inteira
Pra me mudar e te mudar o quanto puder
Pra gente se olhar e se reconquistar
A cada crise vou chorar
A cada morte lamentar
Mas não vou desistir de você
Sofro por te amar
E te amando mais que eu possa imaginar
Vou lutar por ti
Até morrer.
Te conhecer por inteira
Pra me mudar e te mudar o quanto puder
Pra gente se olhar e se reconquistar
A cada crise vou chorar
A cada morte lamentar
Mas não vou desistir de você
Sofro por te amar
E te amando mais que eu possa imaginar
Vou lutar por ti
Até morrer.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Saens Pena
Que bate no auge de graça
O pandeiros no bonde
Anuciam na praça
Festa de reis
Cheio de gente
De fé
Querencias de ser
Vendendores de flores
Balas de café
Pra aguentar
O meio dia
E o sol inquieta
Os escritórios cinzas
Luz de neon branca
Que empalicede os desejos
E imoraliza
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Bonito
Sobre uma água verde-azul cristalina
Me joguei desesperada de vida
Era cedo. Numa terra distante
Coberta de calcário
Bonita.
E nem imaginei que naquela caminhada leve a noite na rua
Seria a nossa última caminhada leve a noite na rua
E te ouvi me expulsar de você sem perceber.
De vez.
Pulsei a semana toda com medo da solidão
Da sua solidão
Mas me enganei
João Bosco
Rezei para o céu .
E pedi mil vezes.
E pedi mil vezes.
O sonho
mais improvável é vivo
Talvez seja a volta transtornada
Da fresta que sobrou da porta que ainda não cicatrizou.
Toda estrada mesmo em
obras
Indica caminhos novos sem que a contagem dos anos possa
valer
Já que os anos são apenas cálculos histéricos de algo que
não se sabe o que.
O tempo das coisas é o sol a brilhar depois do tormento.
Pra que talhar meu corpo seu ainda posso andar?
Pra que encerrar o coração se ainda posso marcar o ritmo
E me enfeitiçar?
E quando menos esperar, vou chorar
Ao ouvir a canção num violão
E a voz suave e forte
Que me faz ressuscitar
De novo
E de novo
E de novo
O tempo das coisas é o sol a brilhar depois do tormento.
Pra que talhar meu corpo seu ainda posso andar?
Pra que encerrar o coração se ainda posso marcar o ritmo
E me enfeitiçar?
E quando menos esperar, vou chorar
Ao ouvir a canção num violão
E a voz suave e forte
Que me faz ressuscitar
De novo
E de novo
E de novo
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