Meu corpo é meio sírio, russo e turco.
Sem o quê da mulher brasileira:
Peitinho empinado, a bunda comprada, o nariz afilado.
Nasci com a sina da mãe judia
Em tempos de mães solteiras
Saio na rua e não sou a mingnon
Mais violão
que violinha
Ainda assim
estou lá, na academia
Enquanto subo a escada parada
Enquanto subo a escada parada
E a TV se impondo, bem grande, até demais.
Me obrigando
assistir a atriz bela corpão
A que todos
querem ter ou ser
E eu meio síria,
russa, turca
Meio jovem em corpo de matrona
Meio mulher com jeito de menina
Ou menina sem jeito pra mulher
Cabelos sem escova
Gordurinhas
Comendo salada e o congelado ligth da nova
alimentação
Qual o limite da saúde e a escravidão?
E todos esperam isso de mim, de nós?
Salto longo, saia curta, roupa conceitual?
Oh, good
Culpa dos pais?
Mas se conheço muitas outras meios.
Meio portuguesas, polacas, italianas, turcas, sírias e coisas
mais.
E não seriam também brasileiras?
Então que palhaçada é essa?
Se é o Brasil da miscigenação?!
Somos todo corpo padrão!
Meu anjo.
ResponderExcluirVocê sempre será uma mulher bonita.
beijos
Rodrigo Gallo