domingo, 24 de julho de 2011

DOIS

(UM)
Ele é noite,
Ela é dia
Ele é etílico
Ela é chocólatra
Ele é o excretor
Ela é a poetiza
Ele fala tudo o que pensa
Ela é relações pública
Ele não tem medo da boemia
Ela não tem medo de elevador
Ele ia de fusca para a Macumba
Ela ia de monza para o Pepê
Ele não completou Filosofia
Ela não completou História
Ele quer ter uma casa no mar
Ela tem uma casa nas montanhas
Ele morou fora
Ela nunca saiu da cidade
Ele teve uma esposa
Ela teve namorados
Ele leva a vida tranquila
Ela não tem tempo pra nada
Ele quer construir um amor
Ela quer construir um amor
E ele quer que seja com ela
E ela quer que seja com ele
Mesmo assim
ou

(DOIS)
Ele quer aproveitar com ela o dia
Ela quer descobrir com ele a noite
Ele quer ser mais saudável
Ela também
Ele aprende com ela a delicadeza
Ela aprende com ele a mostrar seu lado obscuro
Ele quer medir mais suas palavras como ela
Ela procura dizer o que pensa como ele
Ele quer pegar o elevador até décimo andar para vê-la
Ela quer andar à noite pela boemia de mãso dadas
Ele gosta de ter ido de fusca pra Macumba
Ela ama a sua infância na praia do Pepê
Ele adora filosofar para ela
Ela é apaixonada pelas histórias que conta para ele
Ele se conheceu melhor no casamento
Ela cresceu nos relacionamentos
Ele morou em muitos lugares
Ela quer conhecer esses lugares
Ele vai levá-la para a praia
Ela vai levá-lo para a serra
Ele quer se dedicar mais aos seus projetos
Ela quer ter mais tempo para passar com ele
Ele quer construir um amor
Ela quer construir um amor
E ele quer que seja com ela
E ela quer que seja com ele

Exatamente assim...

Um comentário:

  1. Bem, já está apresentado! rsrs
    Divertido o texto! "Quem um dia ira dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração. Quem irá dizer... que não existe razão..."

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