sexta-feira, 24 de setembro de 2010

DA ESQUINA

Na esquina eu escuto a música que me leva

Para além de.
Que me tira desse impacto.
O impacto que chega aos poucos.
Como todo trauma despercebido.
Que a gente finge que esquece.
Que a gente finge que não acontece.




Paralisado no tempo, respiro o outro lado da esquina
Me deparo com o Clube


Responsável pelo movimento
O transporte
E ao ouvir os primeiros acordes
Os acorde do teclado mágico
E a voz escancarada do mundo superior
Já fui longe
Já escorreu a água dos olhos.
Já sou.


Esse canal que diz que o
Que vejo, ouço, sinto
É tão limitado e tenta, tenta, tenta
Ultrapassar a barreira invisível, concreta e dura
Quebra-a, solta, voa e vibra.


Vento solar
E eu ainda quero morar com.
E ainda quero mesmo morar com.
Se eu morrer é só a lua.
Roubo as as palavras da mesma rua que eu conheci
Num momento peculiar da existência
Impresso no corpo
Já não se sai ao vento.


E lá se vai.
Vai.
Mais.
Um.
Dia.

Em qualquer direção

.

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