domingo, 11 de maio de 2014

abujamra


Ok, não bebo álcool, sem moralismo, é que ele não me afeta tanto quanto
O mundo, esse sim que me tira do eixo, através dos detalhes mínimos das 
Coisas camufladas nas aparências.
Por dentro tudo é mistério e um grito desencaixado
E saio desequilibrada por aí, espalhando o desejo de sentir a matéria
De verdade. 
Viver o elo entre os olhos
Sem pestanejar, sem cálculos exatos
Imprecisa
Inquieta
Incompreendida
Abujamra 

Bebo sim, o uísque invisível, que me corrói as carnes
Não dá para aplacar a sensação de explodir constantemente
O ser querendo ultrapassar a pele
Sair do corpo e correr feito criança sem medo de ser atropelada
O jeito é matar a culpa antes dela me matar primeiro.

Sou o caos condenado a assinar os termos sociais
Assino, então, dou um sorriso disfarçado.
Irônico.
Pra não me colocarem a camisa de força
Enganos a todos
E a mim mesma mais que tudo
De que posso ser mulherzinha
Não posso.
Aceito minha condição errante.
Sou capaz de mudar tudo.
Com os pés no chão.
Pra não morrer na praia.

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