sábado, 14 de agosto de 2010

BOM DIA

Sentir o toque deflagrador que está oculto na pose do dia-a-dia de ter que ser o que não se é para ser o que se quer.


Olhar pra fora da janela e entender o alcance que o pássaro solto tem no íntimo escondido do desejo de querer ser o pássaro e estar solto.


Desatrelado a qualquer dogma o tempo faz o que quiser.


Adaptados estamos todos ao tempo. Adaptados estamos todos.


Deixar o presente entrar na respiração para ver além da bossa permitida e fazer dela um rock progressivo inacabado.


Culpa, culpada que nos persegue e nos comanda, vai embora agora e nos deixe em paz com nossas subversões, nos livre de sua fala e nos deixe correr, embriagados, para outras possibilidades.


Tão perto e distantes estamos de compreender o que é realmente necessário.


Essa busca cruel que molda nossa face no percusso progressivo do tempo, até nos envelhecer.


Quase conseguimos, quase chegamos, quase, sempre quase, até quando.


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