segunda-feira, 26 de julho de 2010

ESSA LUA...

Andar a esmo na beira do mar, procurando um talvez ou talvez só andar.



A praia ao lado da rua, é flor no concreto, na cidade em movimento o mar entende tudo.


Sem mais por que, na tarde dando lugar à noite, todos olham na única direção.


De repente eis a lua, mas não é apenas a lua é a pura suspensão.


Entre flashes de máquinas e verdadeiros delírios, a bola cor de fogo que não é o sol, não cabe em nada.


A necessidade humana de registrar não consegue alcançar um milimetro de sua grandeza.


O horizonte vira um pintura e a cidade frenética continua.


Alguns compreendem certas dimensões da existência.


Olhar é apenas um sentido de tantos outros ocultos e incompreendidos.


A lua dá sentido a tudo. Ou tira o sentido de tudo. Se é que deve haver sentido. Ou precisa.


E ela, tão cheia, preenche o momento de vazio, que para muitos é a paz.


Oh, lua que é não branca de fulgores e de encanto...
 

Um comentário:

  1. Lua, espada nua,
    bóia no céu imensa e amarela
    tão redonda a lua, como flutua
    vem navegando e o azu do firmamento
    num silêncio lento
    um trovador, cheio de estrelas...

    Vamos nos preencher de lua!!!! Imagino que o belo post tenha sido uma homenagem ao fim da tarde de ontem, não?

    EM , tempo, tem post novo na Clave!

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